Um pastor, por vezes, encontra dificuldades na sua igreja, quando no seu elenco há pessoas que se consideram "donas" da igreja ou são assim consideradas.
Assim, uma idéia nova precisa ter a aprovação dessas pessoas. Só são boas as idéias que elas apresentam. Quase sempre, o resultado é o desânimo por parte do pastor e de outras lideranças.
Uma coisa que o pastor, nestas condições, não deve perder de vista é a motivação dessas pessoas. Eles querem o bem da igreja, mesmo que equivocadamente? São pessoas sempre dispostas para o trabalho? O que elas querem é apenas "mandar"? Se são pessoas de bom caráter, elas podem ser convencidas a tomar outra atitude. Neste caso, o caminho é conversar.
Se os "donos" são pessoas de caráter ruim e têm trazido prejuízo para a igreja, cabe ao pastor orar para que mudem (ou de caráter ou de igreja). Cabe também ao pastor orientar a comissão de indicações (ou coisa similar) para que os "donos" não alcancem cargos que lhes permitam dominar a igreja. Paciência é a virtude chave neste caso. Se um dia tiverem que ser enfrentados, o pastor só deve faze-los na certeza de que poderá vence-los. Fora disto, o prejuízo será pior.
Um cuidado essencial é o pastor não aderir à agenda do mal, adotando as mesmas práticas que condenam nos outros, como o autoritarismo e a manipulação. Os fins não justificam os meios. Um pastor não pode agir com a mesma moeda usada por aqueles que trazem danos à igreja.
Diante dos "donos", o pastor deve também se perguntar se não está errado. O fato de serem "donos" não torna tais pessoas sempre erradas. Pode ser que os opositores estejam certos.
O melhor recurso contra os dados é pedir a Deus para ajudar a igreja crescer. Quando uma igreja cresce, os "donos" vão sendo diluídos. Daqui a pouco ninguém saberá quem são. Claro: esta não pode ser a motivação para o crescimento, porque não haverá crescimento vindo de Deus, mas do marketing humano. Quando há crescimento, há mais unidade.
(ISRAEL BELO DE AZEVEDO)
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